sábado, 23 de maio de 2009

Salve Sara, protetora dos ciganos! Salve os Ciganos da Umbanda!



No dia 24 de Maio comemoramos o dia de Santa Sara Kali.

Conta a estória que por volta do ano 50 da era cristã, uma embarcação cruzou os mares a partir de terras palestinas, levando a bordo um grupo de personagens bíblicos.

Para fugir das perseguições de Roma aos primeiros cristãos, Maria Jacobina ou Jacobé (irmã de Maria, a mãe de Jesus), Maria Salomé (mãe dos apóstolos Tiago e João), Maria Madalena, Marta, Lázaro, Maximinio e Sara, escrava de origem egípcia, serva das mulheres santas, foram atirados ao mar, numa barca sem remos e sem provisões.

Desesperadas, as três Marias puseram-se a orar e a chorar. Aí então Sara retira o “diklô” (lenço) da cabeça, chama por “Kristesko” (Jesus Cristo) e promete que se todos se salvassem ela seria escrava de Jesus, e jamais andaria com a cabeça descoberta em sinal de respeito.

Milagrosamente, o barco sem rumo e à mercê de todas as intempéries, atravessou o oceano e após 30 dias aportou com todos salvos, no Sul da França, no local que mais tarde seria conhecido como Saintes Maries-de-La Mer (Santas Marias do Mar).

Um grupo de ciganos que vivia por ali, socorreu as quatro mulheres e elas, em troca, levaram ao grupo os ensinamentos de Jesus Cristo, trazendo-os para a doutrina cristã.

Após a partida das chamadas "Três Marias", conta a história que Sara continuou vivendo com os ciganos e passou a ser chamada de Sara Kali, a palavra “Kali” significa "negra" na língua “romanê” e foi acrescentada ao seu nome devido a cor bem morena da sua pele.

Sara cumpriu a promessa até o final dos seus dias, então - segundo o livro "Lilá Romai: Cartas Ciganas", escrito por Mirian Stanescon-Rorarni, princesa do clã Kalderash, deve ter nascido deste gesto de Sara Kali a tradição de toda mulher cigana casada usar um lenço que é a peça mais importante do seu vestuário: a prova disto é que quando se quer oferecer o mais belo presente a uma cigana se diz: “Dalto chucar diklô” (Te darei um bonito lenço).


Sua história e milagres a fez “Padroeira Universal do Povo Cigano”, sendo festejada todos os anos nos dias 24 e 25 de maio, com procissão e festejos com banhos no mar.


A imagem de Santa Sara é vestida de azul, rosa, branco e dourado, adornada de flores, jóias e lenços coloridos e levada para as águas do mar.

Após o banho de mar, a imagem, volta ao altar para que os participantes da procissão possam pedir suas graças.

Muitos buscam nos olhos de Santa Sara a obtenção das graças, pois nos olhos de Santa Sara, tudo está contido: a força de Deus, a força da mãe, a força do amor da irmã e da mulher, a força das mãos, a energia, o sorriso, a magia do toque e a paz.

E assim, todos que buscam graças no seu olhar, retornam sempre aos pés de Santa Sara para agradecer.

Embora seja uma santa da igreja católica canonizada em 1712, até hoje a própria igreja omite o seu culto.

Além de trazer saúde e prosperidade, Sara Kali é cultuada também pelas ciganas por ajudá-las diante da dificuldade de engravidar, muitas que não conseguiam ter filhos faziam promessas a ela, no sentido de que, se concebessem, iriam à cripta da Santa, em Saintes-Maries-de-La-Mer, fariam uma noite de vigília e depositariam aos seus pés como oferenda um “diklô”, o mais bonito que encontrassem.

Lá existem centenas de lenços, como prova que muitas ciganas receberam esta graça.

Fonte: Publicado em vários web-sites, sem o nome doa autor

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