quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Pela plena liberdade religiosa no Brasil


No Brasil existem numerosas correntes religiosas das mais diversas origens, cada uma com características próprias de fundamentos e cultos. Sendo o Estado Brasileiro laico, o que significa dizer que não existe uma religião oficial, cabe-lhe garantir a liberdade religiosa, conforme o Artigo 5º, Inciso VI, da Constituição Federal: “É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.”

Some-se a isso, o fato da liberdade religiosa ser um dos direitos fundamentais da humanidade, como afirma a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

A pluralidade e a diversidade dos vários povos que para cá vieram desde o descobrimento, com diferentes culturas, crenças e religiões, se materializa nos aspectos social, étnico e cultural da formação da sociedade brasileira, e pressupõe que todos sejamos iguais, cada um com suas diferenças.

Certamente, deveríamos, então, pela convivência pacífica entre os diferentes, servir de exemplo para o mundo!

Deveríamos, porque na verdade o preconceito existe e se manifesta cotidianamente nas mais variadas formas, seja pela violência, pela humilhação ou pela discriminação, e, quando isso acontece devido à cor de pele ou à crença religiosa, os direitos constitucionais e humanos são violados:

- Invadir terreiros de Umbanda e Candomblé, que, além de locais sagrados de culto, são também guardiões da memória de povos arrancados da África e escravizados no Brasil;

- Desrespeitar a espiritualidade dos povos indígenas ao tentar impor-lhes a visão de que sua religião é falsa.

- Disseminar por meios de comunicação de massa inverdades difamantes acerca de outras religiões.

Temos que dar um basta em tudo isso!

Devemos construir e incentivar o diálogo entre os movimentos religiosos, para a construção de uma sociedade verdadeiramente pluralista, com base no reconhecimento e no respeito às diferenças.

Desta forma, este texto representa a continuidade das muitas ações de homens e mulheres de boa vontade e diferentes crenças, que, com suas palavras e seus atos, pretendem construir um país e um mundo melhor, um país e um mundo em que ninguém sofra ou pratique qualquer injustiça contra os seus semelhantes. Um país e um mundo mais justos, fraternos e igualitários.

“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião.
Para odiar, as pessoas precisam aprender; e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.”

(Nelson Mandela)

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