No Brasil existem
numerosas correntes religiosas das mais diversas origens, cada uma com características
próprias de fundamentos e cultos. Sendo o Estado Brasileiro laico, o que significa dizer
que não existe uma religião oficial, cabe-lhe garantir a liberdade religiosa,
conforme o Artigo 5º, Inciso VI, da Constituição Federal: “É inviolável a
liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos
cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto
e a suas liturgias.”
Some-se a isso, o fato da liberdade religiosa ser
um dos direitos fundamentais da humanidade, como afirma a Declaração Universal
dos Direitos Humanos.
A pluralidade e a diversidade dos vários povos que para
cá vieram desde o descobrimento, com diferentes culturas, crenças e religiões, se
materializa nos aspectos social, étnico e cultural da formação da sociedade
brasileira, e pressupõe que todos sejamos iguais, cada um com suas diferenças.
Certamente, deveríamos, então, pela convivência
pacífica entre os diferentes, servir de exemplo para o mundo!
Deveríamos, porque na verdade o preconceito existe
e se manifesta cotidianamente nas mais variadas formas, seja pela violência, pela
humilhação ou pela discriminação, e, quando isso acontece devido à cor de pele
ou à crença religiosa, os direitos constitucionais e humanos são violados:
- Invadir terreiros de Umbanda e Candomblé, que,
além de locais sagrados de culto, são também guardiões da memória de povos
arrancados da África e escravizados no Brasil;
- Desrespeitar a espiritualidade dos povos
indígenas ao tentar impor-lhes a visão de que sua religião é falsa.
- Disseminar por meios de comunicação de massa
inverdades difamantes acerca de outras religiões.
Temos que dar um basta em tudo isso!
Devemos construir e incentivar o diálogo entre os
movimentos religiosos, para a construção de uma sociedade verdadeiramente
pluralista, com base no reconhecimento e no respeito às diferenças.
Desta forma, este texto representa a continuidade
das muitas ações de homens e mulheres de boa vontade e diferentes crenças, que,
com suas palavras e seus atos, pretendem construir um país e um mundo melhor, um
país e um mundo em que ninguém sofra ou pratique qualquer injustiça contra os seus
semelhantes. Um país e um mundo mais justos, fraternos e igualitários.
“Ninguém
nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por
sua religião.
Para odiar, as pessoas precisam aprender; e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.”
(Nelson Mandela)
Para odiar, as pessoas precisam aprender; e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.”
(Nelson Mandela)
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