terça-feira, 27 de outubro de 2009

Em homenagem ao João Henrique. Não à violência!

Amigos e Familiares do João Henrique, em especial a sua mãe Anna e o seu pai Toni, recebam as nossas condolências e solidariedade neste momento tão triste, com a certeza de que ele viverá para sempre nos seus corações.

Embora timidamente, percebemos que existe um grande projeto de toda a sociedade, governos e sociedade civil organizada ou não, e pessoas de bem, no sentido de acabar com a miséria material que condena seres humanos à fome e a indigência.

Mas outra tarefa se impõe, muito maior, tão imediata necessária quanto a fome e a pobreza material: a miséria de princípios, de moral e de ética, que se instalou no mundo, e que aflige a todos nós.

Precisamos iniciar uma cruzada contra a mais vergonhosa face desta miséria moral, a violência desenfreada que diuturnamente ceifa a vida dos jovens brasileiros, nossa esperança de um futuro melhor, mais justo e solidário.

Durante o último período da história, o pensamento hegemônico da sociedade capitalista em que vivemos nos fez pensar que a mera acumulação de bens e riquezas materiais é o que nos tornaria felizes, e egoisticamente não entendemos que isto nos limitou a sermos consumidores, quando deveríamos ser cidadãos.

O custo desta acumulação material desenfreada, a cada dia se torna mais claro e visível, sentido na qualidade do ar que respiramos, nos filhos que perdemos para as drogas, sejam lícitas ou ilícitas, nas vidas tiradas sem qualquer sentido ou razão e nos muros e cercas que construímos para nos proteger.

Na televisão, o que vemos, são programas que glorificam a violência, com o fim único de vender ilusão, desde álcool e cigarros até armas, produzindo o ser humano violento de amanhã.

No dia-a-dia, esta violência se reproduz, transformando crianças e jovens: uns em vítimas inocentes, outros em assassinos desalmados.

Está na hora de preservarmos, em primeira grandeza, a saúde e a segurança dos nossos filhos, da qualidade da sua educação e o seu desenvolvimento enquanto cidadãos úteis à família e à sociedade, preparados material, mas principalmente espiritualmente para a construção de um futuro melhor para todos os habitantes da Terra.

Para que imbuídos de sentimentos de fraternidade e de compaixão, de amor e de respeito ao próximo, de “ser” ao invés de “ter”, sentimentos que efetivamente fazem a vida valer a pena ser vivida, possam participar da mudança diametral do paradigma de violência que vivenciamos.

Esta é a missão que temos que cumprir.

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